domingo, 27 de setembro de 2015

Diga: “Eu estava errado”. (Dr. John Towsend)



Qual é o problema em dizer: “Eu estava errado"?

Eu notei que existe um padrão nas pessoas com quem eu trabalho; um contraste claro entre as pessoas bem sucedidas e as que fracassam constantemente. Um padrão que é inversamente proporcional.
Pessoas de sucesso apontam seus fracassos enquanto pessoas fracassadas apontam seus sucessos. É lógico que existe exceção a regra, mas no geral, os bem sucedidos não têm problemas em mencionar seus erros – na verdade, eles parecem até gostar disso. Acredito que essas pessoas sejam cheias de ambição, mas não se sentem culpadas ou condenadas. Uma vez um líder muito bem sucedido me contou sobre uma negociação onde ele havia ganhado milhões e então finalizou dizendo: “Eu descobri mais tarde que o outro empresário foi um melhor negociador e que eu poderia ter ganhado o dobro”. Ele não pareceu envergonhado e nem falou como se tivesse um nome a zelar.
Por outro lado, você pode tentar o que for durante uma conversa com pessoas que fracassam constantemente que eles escorregarão como patos ensaboados e não admitirão os seus erros. Eles dirão que foram traídos, que as circunstâncias não estavam a seu favor ou que não tiveram tempo suficiente.
Essa relação inversa não é coincidência. Os bens sucedidos arriscam, cometem erros, encaram seus erros de frente, aprendem e, após estudarem e obterem mais informações sobre a situação, tentam de novo. Dessa forma é bem provável que consigam um sucesso ainda maior. Aqueles que fracassam se sentem desencorajados, vítimas das circunstâncias e sem sorte. Infelizmente, esses estão fadados a repetirem seus erros do passado – até que aprendam a valorizar o “eu estava errado” sem justificativas.

Quando dizer “eu estava errado”. 

A vida nos dá muitas oportunidades para dizermos: “eu estava errado”. Por exemplo, você pode dizer: “eu estava errado quando...
não terminei os estudos e decidi aproveitar a vida.”
não me esforcei o suficiente no trabalho e perdi o meu emprego.”                                 
só pensei em mim no meu casamento e não em servir o meu cônjuge.”
achei que pudesse viver como se tivesse 19 anos quando na verdade tinha 36.”
não me defendi em uma relação terrível.”
Oprimi a criança que existe dentro de mim e me anulei.”
Nada disso é gostoso de dizer, mas são coisas necessárias de dizer. Isso é uma confissão. Basicamente, a afirmação, “eu estava errado” é um tipo de confissão de que alguma coisa desagradável é verdade. Precisamos confessar as coisas o tempo todo; Eu devo confessar que poderia ter respondido o email mais rápido, que gastei mais que deveria no cartão de crédito, que não fui a pessoa que deveria ter sido...
Agindo assim, você está simplesmente dizendo: “Sim, eu fiz isso”. Não é uma coisa divertida e prazerosa de se fazer. Eu vivo dizendo isso para a minha família, amigos, pessoas com quem eu trabalho e posso garantir que não é divertido, mas “eu estava errado” possui um poder de curar e de nos lançar em uma vida muito melhor.

É possível consertar o que você confessar. 

Por outro lado, você nunca poderá consertar o que não confessar.
Quando uma empresa me pede consultoria, a primeira coisa que faço e passar um dia com os gerentes. Eu entrevisto as pessoas, estudo os relatórios e as finanças e observo como cada um se comporta em uma reunião. No fim do dia, apresento o meu diagnóstico: “ótima empresa, mas precisa de mais investimento na área de marketing” ou “de um sistema mais unido” ou ainda “uma cultura mais saudável”. Se eles concordarem, eles estão confessando que algo está errado e necessita melhorias e nesse caso, nós estamos no caminho para melhorar as coisas.
Mas, se eles disserem, “o meu departamento não é o problema – o problema são os outros,” e outros disserem a mesma coisa, não há nada que eu possa fazer para melhorar a situação dessa empresa.
A mesma coisa acontece nos relacionamentos. Quando ambos os lados alegam não ter culpa – é sempre o outro que é egoísta, que não demonstra amor, que é controlador, que julga o tempo todo, que engana ou é irresponsável – não existe mais nada que se possa fazer por esse casal.
É por essa razão, que quando trabalho com casais, eu peço com antecedência que as partes envolvidas passem um tempo tentando descobrir qual é a sua culpa naquela questão. Dificilmente a culpa é 50% de um e 50% do outro, algumas vezes a culpa é 90% de um e 10% do outro, mas até hoje não encontrei um caso em que um dos cônjuges fosse totalmente inocente.
Uma das minhas regras é: “se você estiver dedicando mais tempo em apontar os erros do seu parceiro do que os seus próprios, ainda que eles tenham muitos, você nunca será feliz ou terá um relacionamento saudável”. E por que não? Porque enquanto você não admitir o seu erro, você jamais irá descobrir o que, dentro de você, está contribuindo para o seu mau comportamento.
E essa também é uma das razões pela qual é difícil se tornar um Cristão. Não basta você se juntar aos outros cristãos e começar ir à igreja. Você terá que dizer a Deus: “Eu pequei.” em outras palavras: “Eu estava errado.” Uma declaração tão simples, mas tão necessária para aceitar que Jesus se sacrificou pelos nossos pecados. Se não existem pecados a serem confessados, não existe razão ou lógica para o perdão. Ouça o que 1 João 1:8-9 diz:
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”.
Veja o beneficio do lado espiritual. Se você confessar os seus pecados, aquilo que você não puder consertar, Deus pode. Ele pode apagar, para sempre, todo a sua culpa e mudar a sua realidade.
“Eu estava errado,” é uma sentença que traz cura.

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